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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Ao mestre



Olhos vidrados
Algo clama atenção no céu cinzento de dezembro
Noite de tempestade liberta demônios, dragões e leopardos
Escancara verdades... Fragiliza realidades...
Caminho, estou distante, logo, mil metros ultrapassados!
Em determinado momento caio, flagelo-me, GRITO
OLHOS VIDRADOS

Sufocam-me
Não consigo voltar... Não tenho forças para isso...

Relâmpagos causam inquietudes e clarões acordam feridas
Levam tudo embora... Mostram novamente as velhas correntes
E a loucura afinal tem seu próprio aroma
Olhos vidrados
Um transe psíquico conduz bloqueios
Cadê o mundo real? Alguém me ajude!
Nenhum som, nenhum tom.

Sangue pulsando no ritmo de tambores ensurdecedores
Vozes sopram aos meus ouvidos
Coração gelado como água cuspida do céu
Calafrios abraçam-me ao som de um piano
Que toca canções de morte...
EXISTO
Uma alma descarnada! Uma alma desalmada
... Estou entre os meus...

Quem está ai?
Sombria... Maléfica... Zombeteira... Fantasmagórica
Deixe-me em paz! Quero descansar em paz
Antes de...
VOLTO para zona onírica
Olhos vidrados

Percebe? Não se afaste querida é apenas a NOITE tépida
ENVOLVENTE
Dilata-se em mim! Funde-se aqui
Seus fantasmas estão cobrando dividas antigas...
Que deverão ser pagas com renúncias, dor e revolta
Faço rituais com velas, rosas e vinho!

PURIFICO! LIBERTO! RENASÇO! BEBO! MORRO NOVAMENTE!
A tempestade só se acalma de tal forma
E logo vem a claridade...
Afinal a loucura tem seu próprio aroma
E todos nós não passamos de ''Saco de ossos''
Amém

Kétleen Villalba Rocha
Dedico inteiramente e totalmente Minhas ideias insanas ao mestre do horror STHEPEN KING.

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