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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Um novo poema


Rosas, bilhetes, sorrisos e toques!
Hoje, eu quis alguém
Porém não busquei qualquer um
Tinha que ser leal e não podia falar de amor
Precisava ser o próprio amor...
Um alguém que não perdesse a essência nas entrelinhas do tempo!
Que não buscasse colos falsos em momentos de fragilidade
E que num momento de epifania não revelasse frustração

Um dia, sei lá... Numa biblioteca qualquer
Entre livros amarelados, pessoas sufocadas, rabiscos guardados
Sonhos adiados e almas despedaçadas
Encontro algo. Um príncipe? Talvez!
Meus olhos dilatam-se nos seus
- convidativos, ousados e profundos
Capazes de tocar brevemente corações
Até mesmo o meu: Protegido, irredutível e esquecido

Rosas, bilhetes, sorrisos e toques!
Fluem os medos, fantasmas antigos e ferozes despertam
O pulsador descobre novos tons, sons e cores
É hora de escolher sentir por inteiro ou apenas permanecer
Afinal eu quis alguém, mas não qualquer um
Há de haver mais que pontos, vírgulas e reticências!

Almas que caminham pela vida
Sentimento nutrindo-se.Edifica e prevalece!
... Muito além das dores e dos erros.
Ontem poderia gritar aos 4 ventos
Atravessar os 7 mares.Saltar de um precipício.
A certeza permaneceria em mim
-Meu lugar é ao seu lado!

Rosas, bilhetes, sorrisos e toques!
O dia findou e estou cansada
Cadê a certeza!?
...Lágrimas incendeiam o frio do quarto vazio
A busca finalmente cessa, respira, ofega...
Num outro amanhecer quem sabe ela não se ilude novamente?
E qualquer novo poema nasce.

Kétleen Villalba Rocha

domingo, 23 de janeiro de 2011


Falta tanta coisa na minha janela
Como uma praia
Falta tanta coisa na memória
Como o rosto dela
Falta tanto tempo no relógio
Quanto uma semana
Sobra tanta falta de paciência
Que me desespero
Sobram tantas meias-verdades
Que guardo pra mim mesmo
Sobram tantos MEDOS
Que nem me protejo mais
Sobra tanto espaço
Dentro do abraço
Falta tanta coisa pra dizer
Que nunca consigo

Sei lá,
Se o que me deu foi dado
Sei lá,
Se o que me deu já é meu
Sei lá,
Se o que me deu foi dado ou se é seu...

♫ Sei lá... sei lá... sei lá.... ♫
Quem souber me salve...

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Alguém...


Alguém me diz em qual pedaço do mar se perdeu a minha alma?
Em qual entardecer mataram o brilho do meu olhar?
Os traços não reconhecidos diante do espelho...
Os opostos dispostos a serem compostos!

Alguém ai me traz rosas?
Liga-me ao por do sol para aconchegar algum medo ou dividir algum anseio!
Alguém por favor me traz um cobertor para acalmar o frio da minha existência
Nessa louca insistência de encontrar uma razão
Para não permanecer dentro da escuridão!

Alguma pessoa que eu possa entregar minha vida
Antes que a noite me envolva
E a chuva deixe de cair!
Exatamente quando nós calamos
As palavras começam a fluir
E finalmente passamos apenas a EXISTIR!

Alguém me mostra o significado do amor?
Deixa-me ver refletido em um olhar
Me faz perder a respiração
E arrebata qualquer vazio que insiste em abraçar apertado!

Existe sorriso capaz de trazer sensações reais?
que habite a casa vazia chamada – “eu”
E que permaneça depois do adeus
Tornando - se um alguém para todo sempre meu!

Kétleen Villalba Rocha

domingo, 2 de janeiro de 2011

Ilusões


Não existe nada depois do ponto final
Tudo o que procuramos se perde
O que sonhamos parece sempre muito distante
E os dias tornam-se fantasmas esquecidos.

As forças às vezes se esgotam
Mesmo com a certeza de que o sol nascera novamente
As contradições e não aceitações são cúmplices diárias...
Derramam lágrimas que queimam a alma
Transformam os desejos e anseios em dúvidas
Sorrisos sinceros em uma mentira bem contada!

Não existe nada depois do amor
O tempo é decisivo em qualquer situação
E a realidade é sempre muito frágil
São sete pecados capitais
Onde o culpado sempre é você!

São as escolhas que nos atormentam
É o espelho que reflete olhos que assombram
Precisamente é a sua consciência que cobra as convicções
E finalmente é a sua liberdade que está em jogo.

Aprisiona-se em suas próprias dosagens de loucuras
Flagela-se em seus anseios e feridas
Sempre sobra uma corrente no calabouço interior
Sempre existira um vestígio de dor!

Sem saber ao certo de onde vêm tantos conflitos
Na verdade não querendo saber...
... De repente afundamos e morremos!
Alimentamos manias e demônios com nossa própria felicidade
Afinal é um vício maldito de parti-se em pedaços
Pra depois quando vierem as cobranças
Profetizarmos que algo se perdeu pelo caminho.

Não existe nada depois do arco-íris.
Não existe nada além de você!

Kétleen Villalba Rocha.