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domingo, 6 de fevereiro de 2011

Outro domingo qualquer!


Enquanto o mundo lá fora segue, modifica, movimenta-se, MUDA...
Alguém está dentro de um quarto fechado, esquecido, escuro, silencioso, aconchegante e sombrio. Está buscando a sua paz consigo mesmo, com as lembranças, as dores, as alegrias, os rituais, com a inquietude do E SE...FOI QUASE...TALVEZ gritando pulsante dentro de si.
Várias lágrimas caem no ritmo de músicas escutadas durante quase 100 dias... De repente cessam. Voltam com mais intensidade. Cedem lugar a inércia, paralisação e medos!
Olha pro lado o celular que não se manifesta. Olha pro outro os pais que se esquecem. Uma última olhada pra ver se encontra algo diferente e se depara com as tantas cartas e escritos, com um símbolo de união, uma pétala... Uma foto, um FIM! Que afinal, como de outrem, não foi queimado, engolido, jogado... Apenas guardado.
São tantas as idéias que surgem junto com o chato e maçante tiquetaquear do relógio de cabeceira que chega a enlouquecer: CULPA, fraco desejo, nojo próprio, dificuldade de definir o que é ou não verdade nesse picadeiro que se tornou o que um dia titulamos de ‘’nosso amor’’, orgulho, dor, ressentimento, compaixão, dó, consciência tranquila... TANTAS COISAS que se cogita até a morte... Brevemente!
É desse alguém definitivamente a capacidade de apenas rebobinar momentos bons e não querer viver novos depois de um erro sem culpados!
Não consegue segurar um telefone e discar pra dizer: EU TE AMO
Não consegue abraçar e sorrir pra demonstrar: EU TE PERDOU
Não consegue enxergar o futuro por que: SE UM DIA FOMOS UM PODEMOS SER SEMPRE!
Não consegue entender que todos: ERRAM
Não consegue esquecer palavras que caíram diretamente na alma fazendo por segundos estragos irreparáveis em valores aprendidos! Não consegue ter o impulso pra modificar todos esses NÃOs.
Talvez sejam as vozes sociais e superficiais que sopram aos ouvidos e bagunçam tudo. Talvez seja o dever com o papel a ser exercido hoje. Talvez seja o orgulho. Talvez! Nojo próprio.
O tempo vai passar e o mar vai levar tudo embora, mas os rastros vão permanecer no sorriso, na boca, num simples arrepio( vai trazer todas as sensações), num doce com morango dentro, nas rosas, nas madrugadas... Vai permanecer eternamente...

Vamos leitores queridos vamos todos juntos – PEDIR PIEDADE! Nós somos iguais em desgraça! PIEDADE pra esse alguém careta e covarde que fica esperando alguém que caiba no seu sonho. Num mundo onde tudo se perde o valor e coisas são descartáveis, um mundo de dez mil anos... Namoro trocado por ficar. Aprendizagem por lazer. Professores por tecnologias. Virgindade por '' meninas com corações’’. Fidelidade e lealdade por traição. Amigos verdadeiros pelos da rede. Atos justificados pelo me desculpe. Pais que preferem filhos moldados na sociedade do que felizes. Prazeres simples pelos venenos que vem com bula. Livros substituídos por i-phones que nem ao menos tocam músicas decentes. Momentos vividos por rotulagem do quanto custou vivê-los.
Uma boa conversa e um '' eu estou do seu lado'' pela comodidade de chamar um psicológo e gritar: cura ela pra mim! MEU DEUS DO CÉU. Nojo próprio!
VAMOS PEDIR PIEDADE.
E cuidado com o tal do relativismo ele é um cara traiçoeiro.

Esse algúem sabe que mesmo que solitária a solidão é deliciosa!
Perdida em si num domingo qualquer é sacudida pela necessidade de sua presença
(fria, oca e vazia).O cenário muda completamente as dores são engolidas e ela se doa pra amenizar as incertezas de um passarinho incompreendido e confuso que é descoberto, um tanto julgado por seus criadores e largado por seu pecado.Depois de horas conversando com palavras ou silenciosamente o alguém encontra o significado novamente de sua existência nos olhos do bichinho.
Diz pro vento: Eu sinto que sei que sou um tanto bem maior (TM). Sorte de quem estiver ao meu lado, caminhar comigo e compreender a imensidão que está aqui!
Sente um abraço forte.Abre um sorriso. E escuta de seu passarinho -OBRIGADO, Obrigado de verdade por hoje!
Volta a acreditar no amor, nas palavras, em si, na amizade, no que está guardado para os próximos 17 anos e por que não na reconstrução?
E sente que precisa dizer:
-OBRIGADO...
Apesar de tudo sempre tem motivos.E somos seres modificáveis.

Kétleen Villalba Rocha
06-02-2011


PS: Eu não sei exatamente como vai ser os próximos dias... Pra mim! Pra você! Pra todos... E não acredite nas minhas palavras fielmente pois elas são incostantes!