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quinta-feira, 7 de abril de 2011

Andarilho


Ando por ai compulsivamente
E não posso parar...
Tenho que me afastar do mundo distorcido em que me coloquei
Sigo... Caminho... Às vezes rastejo!
Derramando lágrimas que queimam
Dilaceram e ferem.

Andarilhando pelas ruas busco algo
Que me torne novamente um apaixonado
Quero fugir de tudo que me aprisiona
Da estupidez de certas convivências!
E da angústia de ter errado tanto...

Perdão... Siga!
Os murros cegos e cruéis de um coração solitário
Desferidos ao vento contra você
Espancaram a mim... Enterraram todos os meus sorrisos!
Vou revirar com os fantasmas
E toda noite repousarei estática pelas lembranças

Quando o abrir de olhos for involuntário
Levemente tocarei minha pele com as pontas dos dedos
Pra não se esquecer de sentir o gelo... A frieza e a solidão
Agora tenho que dialogar com os demônios para não enlouquecer!

? Deixa pra lá! BOBAGEM... É AREIA...
Ela escorre pelos dedos, assim como todo sentimento não preservado!
ESCUTA? Deixa pra lá! BOBAGEM... São Palavras...
Se caladas no momento certo, demonstrariam o verdadeiro amor!
SENTE? Deixa pra lá! Bobagem... SOU EU...
Errante... Vadio... Simplesmente um andarilho

Repousarei somente quando pisar em terra firme
E meus pés vão estancar o sangue do cansaço!
...Com goles pausados de satisfação me reerguerei
Correndo demasiadamente...Estarei longe dessa sociedade
E perto... Bem mais perto de nós!


Por: Kétleen Villalba Rocha.

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